Resoluções que podem fazer de você uma mãe (ou pai) melhor
Agora é o momento de fazer as resoluções para cumprir ao longo do Ano Novo. Emagrecer, fazer
mais exercício, voltar a estudar… Muito provavelmente as mesmas promessas
que você já se fez no início do ano passado. Mas não pense que é só você, a maioria das
pessoas passa pela mesma síndrome.
A
má notícia é que muito provavelmente você não vai conseguir realizar todas as suas resoluções outra vez este ano. É comum a gente projetar mais do que é capaz de concretizar. Mas, pense bem, você não precisa ser perfeito. Você pode
escolher melhorar um pouco em relação ao ano passado. Que tal se você
escolhesse ser um pai ou uma mãe um pouquinho melhor?
É
difícil assumir uma posição crítica porque todo mundo sempre pensa que
é o melhor do mundo quando o assunto é criação dos filhos. A boa notícia é que
os filhos não precisam (mesmo) de pais perfeitos. Eles também não são filhos
perfeitos. O importante é que os pais aceitem, com paciência, as dificuldades
dos pequenos, pratiquem a compaixão e o respeito com eles dentro de casa e,
sejam humildes para pedir desculpas e se reconciliarem quando alguma coisa não
der certo – e sempre tem alguma coisa que não dá...
O
exercício não é fácil, porque implica exercitar uma auto-regulação do seu
comportamento parental. E não isso não é tarefa para um ano, mas para uma
vida inteira. Portanto, no ano que vem, não faz mal se você repetir uma
resolução, você já terá dado alguns passos para educar seus filhos de forma
mais serena, feliz e cooperativa.
Aqui vão algumas sugestões para ajudar nessa tarefa.
Em 2014, prometa a si mesmo que vai...
1. Moderar mais suas emoções, para você ser um pai ou uma mãe mais
feliz e mais paciente, do jeito que o seu filho merece. Comece com pequenos
passos: transforme aquela vozinha crítica dentro da sua cabeça em sentimentos de
apoio e respaldo. Diminua o ritmo para evitar que o estresse transborde em cima
das crianças. Quando as suas emoções estão desreguladas, você passa a reagir de
forma irracional e, com frequência os pequenos são os primeiros alvos. Sempre busque a calma antes de
corrigir ou repreender seu filho.
Crédito: www.lifepositive.com |
2. Amar seu próximo. E quem mais próximo que os filhos? Está
cientificamente comprovado que as crianças que se sentem amadas são as que melhor se desenvolvem. Pense
nisso. O seu filho se sente amado, sem condições ou comparações, somente pelo
que ele é? Cada criança é única e especial, então é necessário um jeitinho
diferente para fazer com que ela de fato se sinta amada incondicionalmente. O
difícil para os pais é, de verdade, aceitar os filhos como são, sem perder de
vista a função de orientar e educar. Com frequência as coisas se misturam. Para
começar, procure ver as coisas pela perspectiva do seu filho. Abaixe-se e fale
com ele na mesma altura, para harmonizar – ao contrário de impor -- a troca de
experiências.
3. Aprofundar vínculos. As crianças cooperam melhor quando a
“liderança” do adulto flui a partir de um vínculo. Desfrutar tempo de qualidade com os
pequenos deriva da capacidade de estabelecer este vínculo. Separe 15
minutos por dia para estar concentrado exclusivamente em seu filho. Observe,
escute e tente entender como funciona aquela cabecinha.
4. Investir nas causas dos problemas de comportamento do seu filho. Se gritar ou castigar fossem
formas eficientes de modificar o comportamento do seu filho, elas já deveriam
ter funcionado, certo? Cada desvio de conduta da criança é uma luz vermelha que
sinaliza necessidade de ajuste, quer seja porque o pequeno não é capaz de lidar
com algumas emoções ou porque apresenta carências de algum tipo. Assim que você
identificar e corrigir o problema na origem, o comportamento vai se
modificar. Toda vez que você “atacar” o problema de forma
preventiva, você evita castigos e estimula seu filho a desenvolver um
sentimento positivo de autodisciplina.
E
não se iluda, os erros vão acontecer. Seus e das
próprias crianças. Não existem famílias perfeitas. Mas a sua pode se
transformar naquela que faz escolhas diárias em direção a um convívio positivo e
de respeito mútuo. Basta incorporar a noção de que é preciso manter trabalho e
vigilância constantes para corrigir os rumos, que fatalmente sairão dos trilhos
em algum momento. E, se você se pegar repetindo essas resoluções no Ano Novo do
ano que vem, é sinal de que elas já estarão dando certo.
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