Apareceu brincadeira no mapa...
Quando a criança começa a se interessar por um assunto, é hora de aprender. E, para as famílias que vivem no exterior, as noções de Geografia surgem muito cedo na vida dos pequenos: é o vovô que está no Brasil, a tia nos Estados Unidos, a mudança para o Oriente Médio... e haja explicação.
O mais natural é tentar dar conta de tanta informação usando mapas. Mas, se a gente para para pensar um pouquinho como a criança, percebe que isso não é natural. Como pode uma bola azul cheia de desenhos ser o mundo onde a gente vive? E o Rio de Janeiro que virou só um pontinho?
Para explicar bem, eu precisava começar do começo. Na verdade, já fazia tempo que eu queria fazer alguma atividade com mapas aqui em casa. Achei que o melhor jeito seria começar com algo que Sissi pudesse entender, dimensionar e, se possível, construir para então depois fazermos o mapa. Propus a ela então construir uma pequena casa de bonecas e fazer um mapa da casa, para poder planejar caminhos entre os cômodos.
A casa de bonecas foi montada em alguns minutos com duas caixas de papelão, tesoura e fita isolante. Deixei que ela brincasse um bocado com a novidade. Depois que o interesse começou a diminuir, retomei a ideia do mapa. Expliquei a ela que um mapa era o desenho de algum lugar (que pode ser casa, cidade ou até país), feito para ajudar uma pessoa a não se perder.
Primeiro, expliquei o que era um rascunho e porque iríamos precisar de um. Em seguida, fomos observar a casinha por cima, para ela poder identificar as formas de cada objeto. Ela estranhou que o sofá e a cama tivessem o mesmo formato no mapa. Discutimos as posições de cada móvel nos cômodos: como o gato faria para receber suas visitas, porque os móveis não poderiam ficar muito perto das portas etc.
Quando o rascunho ficou pronto, passamos para o mapa de verdade. Usei umas sobras de EVA adesivo e papel criativo. Tracei o contorno dos móveis no EVA e ela cortou e colou no mapa definitivo. Foi bom ter feito o rascunho porque, na hora de colar, ela sabia direitinho onde colocar cada móvel e também já identificava o formato de cada um no plano em 2D.
Tudo pronto, colocamos o mapa e a casinha lado a lado para comparar. Pelo tempo que gastamos (cerca de 30 minutos ao todo), eu fiquei bem satisfeita com o resultado. Toda a ideia da brincadeira era criar um mapa para ajudar a orientar o gato dentro da casa. Ela curtiu muito mover o gato de acordo com as minhas instruções, mas gostou mais ainda de me dar instruções para direcionar os movimentos do gato. Acho que esse brinquedo ainda vai render muitas outras atividades divertidas.